A vastidão parecia acalmá-la, o silêncio regulava sua respiração. Ela adormecia dentro de si.
Ao mesmo tempo que imaginário — era um mundo de se comer com os dentes, um mundo de volumosas dálias e tulipas. Os troncos eram percorridos por parasitas folhudas, o abraço era macio, colado. Como a repulsa que precedesse uma entrega — era fascinante, a mulher tinha nojo, e era fascinante.
As árvores estavam carregadas, o mundo era tão rico que apodrecia.
(Amor - Clarice Lispector)
Nenhum comentário:
Postar um comentário