Dia de limpar armários, revirar gavetas, separar o pouco que é meu do tanto que já se perdeu. Processo doloroso, é certo, mas cada vez menos: amadurecer tem suas vantagens. Cortar os laços deixa de ser tragédia sofocliana, olhos furados e um longo caminho de dor. Não: a graça está é no novo, e quem me dera viver só de começos. Trocar o amor que já se empoeirou pelas paixões sublimes, toques e lábios e o 'eu te amo' pronunciado com tanto fervor e certeza. Fênix, quem me dera.
(Carina de Luca)
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