sábado, 6 de novembro de 2010

Fiquei na porta,

olhando. Foi muito triste vê-la se afastando cada vez mais. Não tinha jeito de ela voltar, nenhum milagre aconteceria. Só consegui gritar 'tchau' e acenar. A cada despedida, morro inteira. Nunca mais sou a mesma. Minhas pétalas caem, fico murcha, despedaço. É tão grande o rasgo que se abre dentro de mim e dói tanto que, na hora, tenho certeza que jamais vou me curar.
Mas com o tempo me reconstruo, vou nascendo de novo. Até que, num belo dia, o rasgo acordará costurado. Vou me colorindo e a vida me continua.

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