quarta-feira, 11 de maio de 2011

Nem sempre eu consigo colocar pra fora tudo que eu sinto. E hoje é um dia assim. Um turbilhão de sentimentos e pensamentos por segundo passando pela minha cabeça. Mas na hora de dizer, de escrever, não sai nada. Vem apenas aquela vontade de gritar, de chorar. E não é que eu esteja triste. Algumas áreas da minha vida me deixam triste. Mas não todas, entende? Claro que não. Se nem eu entendo querer que vocês entendam seria muita audácia minha. Mais enfim, deixando de lado todo esse lenga lenga depressivo típico da minha pessoa, vim aqui na verdade só pra suprir o tédio que está essa minha noite. Queria deixar aqui um texto da Clarice Lispector que eu estava lendo agora pouco e que eu achei ótimo:

"Mesmo minhas alegrias, como são solitárias às vezes. E uma alegria solitária pode se tornar patética. É como ficar com um presente todo embrulhado com papel enfeitado de presente nas mãos - e não ter a quem dizer: tome, é seu, abra-o! Não querendo me ver em situações patéticas e, por uma espécie de contenção, evitando o tom de tragédia, então raramente embrulho com papel de presente os meus sentimentos."

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